Olááá leitores :) Como vocês estão? Vocês estão bem? Espero que sim!! Bem gente bonita do eu coração, esse é um dos capítulos que eu estou doida para vocês lerem :) Em fim... leiam!
Obs: esse também é um dos últimos, se eu não me engano tem até o 20.
Cap. 16
Acordo e vou direto para o banheiro. Tomo banho e lavo meu cabelo, olho
as pontas loiras que batiam em minha cintura. Prendo meu cabelo, ainda no
banho, em um rabo de cavalo na frente da minha cabeça não me importando muito
com os fios que estavam de fora, pego uma tesoura que estava na pia e corto os
fios na altura do meu ombro. Depois de terminar de corta-lo e seca bem, vejo
que agora ele batia um pouco a baixo do meu peito e que estava totalmente
repicado. Gostei dele assim, cortando as regras do ballet, onde praticamente
todas as garotas tinham cabelos retos e presos em um coque no alto da cabeça.
Eu estava arrumada a quinze minutos quando a vã chegou. Sorri mais uma
vez em pensar em Anastácia e entro na vã sem me despedir de minha mãe, apenas
de meu pai. O nome de Carol batia em minha cabeça a cada passo que dava em
direção as portas metálicas, a raiva estava estampada em meu rosto, e eu sabia
disso.
Anastácia foi proibida de entrar na vã por causa do que havia ocorrido a duas semanas atrás. Já havia tirado os pontos e agora não passava de uma
pequena cicatriz atrás do meu couro cabeludo, que era coberta pelo meu cabelo
agora mais volumoso.
Leo entra na vã e se senta ao meu lado, me dando um beijo de bom dia.
Ele segurava minha mão em quanto íamos para a escola. Me sentia bem ao seu
lado.
- Vou dar aula de Ballet hoje, sabia? – Olho para ele.
- Sério? – Ele diz se endireitando na cadeira. Sua mochila estava atrás
da minha, mas mesmo assim ele a pegou e procurou as pontas em minha mochila. –
Bia, isso é incrível! – Ele olha chocado para mim, ele perguntou o por que e eu
expliquei toda a história. Quando terminei já estávamos parados na frente da
escola. Antes de sair ele segurou minha mão com mais força. – Bia, eu... sinto
muito. E se por acaso você não conseguir aguentar a pressão, me avisa. Eu sempre vou estar do
teu lado. – Ele falava de Carol. Por mais que ela não estivesse aqui agora,
sentia ela viva em mim, cada vez mais forte. E era isso que eu estava para
fazer. – E meu Deus! – Ele disse olhando para meu cabelo – Você está... – Ele
abre a boca com cara de pasmo e passa seus dedos entre os fios – Você que
cortou?
- Sim! Não gostou? – Olho para as pontas dos fios assim que termino de falar.
- Não! Quer dizer, sim. Eu adorei! Minha mãe costumava cortar o cabelo
de minha irma assim – Ele fecha a cara e olha para baixo. Ele tinha uma irmã?
Por que ela não veio? Talvez tenha ficado com o pai. – Você ficou linda Bia.
- Não sabia que você tinha uma irmã! Leo, por que não me apresentou!
Tenho certeza que seriamos... – antes de terminar a frase ele me interrompe.
- Eu não a apresentei Bia, por que... – Ele olha para o motorista que
agora estava gritando para todos descermos. – Talvez outra hora. – Ele se
levanta e me espera sair da vã. Algo em sua voz sugeria dor. Mas talvez fosse
apenas saudade.
Saio da vã já na porta do colégio. Era meu primeiro dia sem Carol na
escola. Primeiro de muitos que ainda viriam. As pessoas me olhavam com cara de
pena. Mas não queria que isso acontecesse. Rezei mentalmente para não tocarem
no nome de Carol. Pois se falassem sobre ela. Não teria chão e provavelmente
daria uma de louca. Senti o braço de Leo
em meus ombros. Ele me abraçava em quanto
andávamos. E eu gostava daquilo. Me sentia segura. Chegamos em nossa
sala 5 minutos depois. Odiava aquela escola. Era muito grande. Ao todo, com
todas as salas extras que uma escola comum não tinha, ela ocupava uma quadra de
mais ou menos um km, tirando o lado da universidade. Entrei na sala e atrás de
mim o Leo segurou meu braço, antes dele entrar totalmente na sala. Olhei para
ele apreensiva, pois ele não olhava para mim. Ele queria me mostrar algo. A
nossa era a ultima sala e duas antes, estava a porta do segundo ano, onde
Anastácia entrava com uma toca que cobria até em cima de suas sobrancelhas e
luvas, ela com certeza estava chamando atenção, não eram todos os dias que se
via uma garota pronta para o frio em uma cidade praiana que faziam calor todos
os dias do ano. Seu cabelo estava um pouco diferente. Como se ela o tivesse
repartido de maneira diferente. Não via o que Carol havia feito de tão grave.
Relevei e entrei na sala. Aquele seria um longo dia.
Leo me cutucou na carteira de trás. Ele perguntou com um sorriso nos
lábios se eu estava pronta para colocar nosso plano em ação. Sorri para ele,
estava feliz por isso. Por ter alguém com quem falar durante a aula. Dês de que
cheguei na escola. Dês de que desci daquela vã. Eu sentia o olhar de pena das
pessoas em cima de mim. Eu não queria que elas me conhecessem por “A menina que
perdeu a única amiga”, realmente era uma coisa que eu não queria que
acontecesse. O sino bate e me levanto depressa. Leo vem atrás de mim e
começamos a botar nosso plano em ação. Mas antes de sairmos nosso professor de
biologia – que eu odiava, pois ele sempre me olhava com cara de bravo, como se
quisesse me julgar mas não podia, por ser sobrinha do diretor geral – diz que
teríamos um memorial para Carol, seu nome chama minha atenção, ele diz isso
olhando diretamente para mim.
- Bia, você fica. Os outros podem sair. – O Leo fica um tempo antes de
dizer que me esperava lá fora, ele simplesmente saiu, me deixando sozinha com
aquele professor carrancudo.
- Sim, professor Martins? – Eu falo com voz de tédio.
Ele senta-se em sua cadeira e bota as mãos no rosto.
- Meus pêsames, Bia. – Fico quieta – Sei que a Carolina era bem mais que
uma amiga para você. Eu... sinto muito – Era apenas isso? Ele só queria dizer
que se importava. Como todos os outros. Eu não ligava para o que ele achava. Isso
não traria minha amiga de volta. Muito menos vingaria Anastácia.
- Isso não irá traze-la de volta. – Dei as costas e sai da sala.
Dois passos depois da porta Leo me encontra.
- Bia, eu preciso falar com você. – Olho para ele um pouco desconfiada.
Ele estava com uma expressão séria. – Olha.... – ele coloca as mãos na cabeça, e
esse pequeno gesto me faz gelar. – Vamos deixar isso para outro dia? Anastácia
já sofreu de mais. Por favor Bia. – olho para ele pasma, não estava entendendo
o por que ele estar desistindo disso. Ele estava com uma expressão estranha no
rosto, como se estivesse escondendo algo, mas quem não estava entendendo nada
disso era eu.
- Você está com pena da Anastácia?- Perguntei indignada. Mas ele não respondeu a minha pergunta.
- Você está com pena da Anastácia?- Perguntei indignada. Mas ele não respondeu a minha pergunta.
As coisas não estavam se encaixando. Era como se eu não fisese mais
parte da minha vida. Como se eu tivesse olhando minha vida por uma terceira
pessoa, que não estava entendendo nada da minha própria história, e essa
história estava sem graça, sem diversão. Tudo bem que minha vida inteira foi
meio sem graça, meio cinza. A única coisa que dava cor a ela era a dança. E
minha mãe havia tirado isso de mim também.
Leo estava branco, sua face mostrava desespero, mesmo antes de ela chegar já sabia quem era que estava atrás de mim. Até que eu entendi o por
que, mas antes de que ela terminasse as palavras eu já havia dado as costas e
estava correndo em direção ao estúdio de dança, agora as coisas estavam se encaixando. Nem tive tempo de vê-la
beijando meu namorado. Ou talvez agora ex.
Histórias!
Parte 9
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