Genteee eu estou muuito feliz com a nossa história, nós já estamos na décima primeira parte!! Mas em fim...
Olááá leitores! Como vocês estão? Vocês estão bem? Que bom então! Bem.... Eu espero que vocês não me matem depois de ler essa parte da história hahaha é só isso que eu falo, uma boa leitura pra vocês então!
"Cap. 11
Foram aproximadamente 9 meses até nascermos. Um ano e meio a dois até
falarmos. Oito anos até eu chegar no ultimo estágio do ballet. E mais um para
me acostumar de vez com a sapatilha de ponta. Essa era a resolução da minha
vida até os treze anos: nasci, comecei a andar, a falar e conheci o ballet. Eu
não tinha nada alem disso. Nada que pudesse mudar meu passado e apagar aquela
pequena ponta de saudade de meu peito.
Sai do hospital após 3 dias, pois os médicos insistiam que eu devia
ficar de observação. Neles eu reparei como minha vida se resumia a dança. Flash
de ensaios e apresentações passavam como carros de formula um em minha mente: a
primeira vez que subi na ponta, a primeira vez que cai da ponta, a primeira vez
que dancei em público, ah... desse dia eu me lembro bem. Parecia que meus pés
eram feito de concreto e meu corpo de chumbo, não parava de pensar em como eu
deveria ser “leve” em quanto estivesse dançando. Aquelas borboletas que não
paravam de dar malditas piruetas em meu estomago, mas elas eram a melhor parte,
me fazia ter certeza de que era isso que eu queria, que esse medo do palco era
por que eu havia chegado até ali. Impune. Mas agora elas não aparecem mais.
Eram 22:00 horas de um sábado, quando Carol me ligou para me chamar a
uma festa que iria começar em duas horas. Carol. Me sentia traída por minha
própria amiga. Não podia acreditar no que ela havia falado para minha mãe dois
dias atrás.
- Eu dispenso, obrigado Carol – Falei sem dar oi no telefone.
“Bibi, ta tudo bem com você?” Sua voz no telefone sugeria que ela tinha
bebido alguma coisa. Provavelmente alcoólica e ilegal.
- Não – Falei fria, cada palavra que saia de minha boca doía.
“Então vamos para a festa biiii” Ela insistiu sem me perguntar o motivo de eu estar mal.
- Carolina, olha... - Coloquei a mão livre no rosto apertando meus olhos
fechados para ver se aquilo realmente estava acontecendo. Cocei o couro
cabeludo despertando a dor do galo que se formara em minha cabeça. Fiz uma
careta de dor. – Você pode ir sem mim okay? Eu não vou fazer falta, acredite.
“Bian...ca Ta bom então, mas não diga que se arrependeu amanha na escola
e Bia... desculpe se te magoei, não foi intencional” Ouvi um carro ligando, e
meu coração gelou ao pensar em Carol dirigindo bêbada.
- Amanha é domingo e Carol.... Não... – Um longo tempo se passou - Tenha
cuidado apenas – Desliguei o telefone.
Respirei fundo e coloquei com cuidado minha cabeça para trás olhando
para o teto, fazendo uma prece silenciosa pedindo para que Carol não volte mais
bebada que já estava para casa. Virei para o lado oposto ao pequeno corte atrás
da minha nuca feito com os cacos de vido e dormi. Sonhei que estava de pé e ao
meu lado, um cemitério.
Acordei com o coração na mão em quanto a tela do meu celular brilhava em
meio a escuridão, forcei meus olhos a se focarem na tela. Setenta chamadas
perdidas de 4 números diferentes. Peguei meu celular em mãos, quem me ligaria
alem de Carol? E o mais bizarro: Quem me ligaria as duas horas da manha?
Destravei a tela e fui no histórico de chamadas. A primeira e unica
chamada era de Carol, a segunda que me ligara 20 vezes era de um numero
desconhecido e a terceira era de Leo com 10 chamadas e a quarta e ultima
chamada era da mãe de Carol que tinha acabado de me ligar e desligado assim que
acordei com 39 chamadas. Franzi o cenho, será que era algum tipo de pegadinha?
Meu celular começa a vibrar novamente, era a mãe de Carol, atendi sonolenta na
escuridão.
- Oi tia – Passei a mão no rosto em quanto meus olhos se acostumavam com
a escuridão novamente, do outro lado da linha eu podia ouvir gritos, uma sirene
policial e o som de água caindo em quanto estralos como o som do fogo
predominava na situação.
“Olá, Bianca certo?” A voz de um homem me deu um susto, não esperava por
aquela voz grossa, esperava a voz da minha tia de consideração, a mãe de Carol.
- Ham... sim – Aquilo estava estranho. Muito.
“Você era a amiga mais próxima de Carol não é?” Por que? Era o que
queria perguntar mas a unica coisa que saiu foi:
- Não interessa, onde está a Monica? Eu quero falar com ela – A
preocupação tomou conta de mim, haviam incendiado a casa da minha tia? Carol
estava bem? – Alias, me passe para Carol, agora.
“A Carol não pode te atender” Me sentei na cama sentindo meu coração
martelar cada vez mais forte. “Moça, o carro em que a Carol estava bateu num
poste que despencou em cima dele fazendo-o queimar. Me desculpe por eu não a
dona Monica te dar a noticia mas...” Não deixei ele terminar a frase. As
lagrimas me sufocaram cedo de mais, antes de saber a noticia que minha melhor
amiga, que minha irma, que meu anjo morrera. Vesti um calça jeans correndo e
coloquei a primeira blusa que vi na minha frente. Sai do meu quarto de chinelo
e toda desgrenhada, não ligava como minha aparencia estava. Sentia o grito se
formando em minha garganta. Mas não agora. Não aqui. Sai de casa sem destravar
o alarme. A noite estava escura e eu via apenas a rua em minha frente. Corri.
Corri até o final da rua. Corri até o morro que delimitava a rua. Corri umas 10 quadras. Corri para longe da minha
zona de conforto.
Chegando lá cai de joelhos não sustentando o peso do meu próprio corpo.
As lagrimas saiam em uma velocidade tão grande que era quase possível coloca-las
em um copo. Sentia como se mão estivessem apertando com todas as forças meu
coração. Como se elas o apertassem até virar pó.
Gritei. Gritei com todas as minhas forças, gritei como se não houvesse
pessoas dormindo. Não ligava para as pessoas.
Havia acabado. É, minha vida acabava aqui. A Carol não, a Carol não eu pensava sem conseguir terminar a frase.
Aquele momento não podia piorar. E eu estava disposta a fazer de tudo para que
não."
Histórias:
Parte 9
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