Contos de Terror #18

O computador aquecia minhas pernas em quanto eu digitava freneticamente o trabalho da escola. Estava em meu quarto e o vento gelado que saia da janela aberta fazia meu corpo arrepiar.


Puxei mais para cima o edredom pesado que cobria parcialmente minhas pernas, e agora ele estava na beirada do computador. Mais frio, eu tinha a impressão de que a cada vez que eu me cobria mais, mais frio ficava. Decidi fechar a janela que estava quase totalmente aberta. Coloquei o computador de lado q de levantei na cama para alcançar a janela que ficava do meu lado.
   O andar em que morava era alto, dava-se a impressão de que as pessoas que caminhavam na rua eram meras formiguinhas. O ar gelado bateu com força em meus cabelos e apenas o lado direito de meu corpo arrepiou. Voltei correndo para minha cama, fechei o computador e me enfiei nas cobertas. O ar estava tão frio que eu tinha quase certeza que se mais dois graus do termômetro abaixassem, meu quarto nevaria. 
   As cobertas foram arrancadas de minha cama e meu corpo paralisou. Uma pessoa tão fria quando a temperatura de meu quarto subiu em cima de minhas costelas. Aquela coisa não podia ser humana, sua temperatura já o teria matado. Senti suas mãos ásperas segurarem meus braços. Queria gritar, porem a unica coisa que eu conseguia mexer era meus olhos. Não sabia como aquilo era possível, pois estava sozinha em casal. Não podia me mexer. Mas uma coisa eu sabia: eu não era a unica. E você é o próximo.

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