Utopia - Capitulo 2!

Olááá meus leitores! como vocês vão? Vocês estão bem? Que bom então!  Eu decidi que esse capitulo também será piloto, pois eu não vou continuar com a serie se vocês não estiverem gostando obvio. Mas fora a introdução, um beijo e uma boa leitura!



Cap. 2

Á um tempo tenho reparado o quão fútil são as pessoas de nossa cidade. Isso é meio estressante, já que eu não consigo ficar perto dessas pessoas. As pessoas daqui acham que são as únicas que sobreviveram a catástrofe, elas e nossa cidade vizinha que não é utópica, mas somos separados em 15 cidades pelo mundo (que esteja de meu conhecimento), e apenas 3 delas tão utópicas, uma, é a minha.
Somando todas não seriam mais de 50 mil pessoas. É um numero muito pequeno se pensarmos no passado, que estávamos chegando quase aos 12 bilhões de pessoas.
Eu estava a caminho de uma coletiva na cidade. Estava no banco de trás do carro olhando meu reflexo no vidro sem película. Não havia muitos carros circulando na cidade, apenas os do governo, que se não me engano não passavam de três. Chegamos a uma praça publica, onde toda nosso cidade estava a nossa espera.
- Querida... – minha mãe olhou para mim com um olhar doce do meu lado, sabia o que ela queria dizer: não fale, não veja, não se mostre. Acenei com a cabeça baixa. Saimos do carro e meu pai subiu ao palco de concreto por uma escada lateral. Eu e minha mãe também subimos e nos sentamos um banco bem atrás de meu pai. O povo aplaudiu, e comemorou. Meu pai era muito amado na cidade, ele fora o único que conseguiu fazer a cidade funcionar. Abaixo a cabeça e tento sentir se há vento de baixo do solo.
Outra coisa que esqueci de falar: moramos de baixo da terra. Mas não pense em sujeira ou minhocas. Muito pelo contrário, nossa cidade é limpa e muito verde uma tentativa de evitar mais poluição, bem, tem um sol artificial também. A praça ficava de frente ao supermercado público e de costas ao hospital. Tudo aqui funcionava a mil maravilhas... aos olhos dos cidadãos.
Meu pai faz nossa saudação padrão: dois toques no ombros esquerdo com três dedos e depois ele levanta a palma da mão ao céu, e a população o copia. Eu e minha mãe também fazemos junto a população.
- Sejam bem vindos cidadãos de Misa. Como é de costume, uma vez ao mês, é feita nossa reunião para melhorarmos nossa vida aqui em Misa. Por favor, peço que peçam permissão ao falar, assim evitaremos tumulto. – Meu pai sorri e a população bate palmas.
Um rapaz, tendo minha idade talvez, se levanta assim que as palmas acabam.
- Fale, rapas – Meu pai conclui olhando nos olhos do menino.
- Quero sair da cidade, somos obrigados a ficar aqui. Você mente para nós, precisamos de liberdade – A esse ponto ele já estava quase gritando. Minha respiração perde o rumo, ele não devia falar isso, ele devia ficar calado, não fale, não veja, não se mostre. A minha vontade era de falar tudo que sabia para aquele rapas: que lá fora, ele não acharia nada alem de um mundo escuro, que sim, o governo controlava a população, que haviam câmeras escondidas em todos os lugares para controlar a população, que nos e Gisa, a cidade vizinha, não tínhamos sidos os únicos a sobreviver. – Você merece morrer. Você nos transformou em robôs – Ele continuou, ele não podia estar falando aquilo, meu pai o observava com paciência, queria muito gritar ao rapas para ele parar, calar a boca, pedir perdão e se sentar na cadeira. Ele não fazia a minima ideia do que estava fazendo.
- Perdão meu rapas, sua atitude não é aceita em nossa sociedade pacifica – Disse o líder da agricultura de nossa cidade com uma expressão calma. – Peço para que se retire de nossa reunião e vá para casa. Uma caixa de alimentos será em sua casa assim que a reunião acabar. Por favor, peço mais uma vez que se retire. – O rapas bufa olha bem nos olhos de meu pai que continua calado e sai do meio da plateia. Meu coração dispara e lagrimas se formam em meus olhos. O rapas seria morto, ele não podia ter falado aquilo. Os guardas de nossa cidade iriam executa-lo assim que uma caixa de “alimentos” foce entregue em sua casa.

As pessoas não tinham ideia do que estávamos passando.

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