Oláa pessoas, como vocês estão? Sim... me desculpem pela demora... eu não tive tempo de deixar tudo pronto para vocês hoje. Sim, me desculpem eu mereço um tapa na cara? talvez, mas já que isso não vem ao caso (ou vem) vamos para a história :)
Ao bater o sinal vou em direção ao estúdio mas um aperto em meu coração
me faz lembrar que isso não faz mais parte da minha vida, dou meia volta
fechando os olhos e respirando fundo para as lagrimas não me atormentarem
novamente. Ao abrir-los novamente esbarro em alguém, que acaba dizendo com uma
voz grossa e delicada ao mesmo tempo enquanto segura em meus braços para restabelecer meu equilíbrio novamente:
- Ei! É bom abrir os olhos quando se anda. – Leo segura meus braços com
um pouco mais de força, talvez para eu não fugir novamente.
- Leo... – Eu olho em volta procurando alguma saída, alguém para gritar
pedindo socorro. Não queria falar com Leo. Não queria reviver meu dia anterior.
– Ham... Oi – falo seca e tentando me livrar de suas mãos.
- Oi? – ele relaxa um pouco as mãos para meu sangue finalmente circular
livremente. – Você pode me dizer o que está acontecendo? Eu fiz alguma coisa de
errado? – Ele olha fixamente em meus olhos que faz meus estomago dar piruetas.
Nossos rostos não deviam estar a a mais quinze centímetros.
- Sim. - Queria dar aquela conversa por encerrado mesmo com uma vontade
enorme de dizer que ele não tinha feito nada. Consigo arrancar meus braços de
suas mãos pondo um pouco mais de força, ando um pouco mais rápido em quanto ele
me segue, mas ele é mais rápido (claro) e segura meu braço olhando tão profunda
e sinceramente em meus olhos que se poderia ter desmaiado.
- Por favor Bia. Eu... – Ele passa a mão que está livre em meu rosto. –
estou indo rápido?
- Leo me solta. – Meu olhar era de tanto tédio que ele acabou realizando
meu pedido de soltar meu braço.
Começo a andar de novo sem olhar para trás.
- Se estou... me perdoe. – Ele fala antes que me distancie tanto que não
possa ouvi-lo falando.
Trinta minutos mais tarde quando finalmente tinha saído da quela escola
e no meio do caminho para minha casa Carol me liga.
- Oi – Disse fria ao telefone
“ Credo Bia, que foz de morta hein” ela respondeu ao celular com um tom
sério e engraçado ao mesmo tempo.
- Ham... desculpe?
“tá, tanto faz... O Leo veio me procurar hoje” Leo, Leo, Leo, aquele
menino não tinha se tocado que eu não queia mais falar com ele? Eu precisava
esfriar a cabeça, refazer minha história e organizar meus pensamentos. Não
queria minha melhor amiga falando sobre um menino que havia dado os passos
maiores que as pernas. “ Bia, eu não ACREDITO que você fez isso com ele” vish
lá vem. “ Ele teve o trabalho de revirar aquela escola inteira só pra me achar
e me pedir se estava tudo bem com você. Ele disse pra mim que você estava branca
e brava... Tipo, muito. E... se prepare aqui vem! Ele disse que estava
apaixonado por você” tropecei ao ouvir o que ela falou. O que? Tá bom, 1- ele
me conhecia a um dia 2- Por mais que ele fosse bonito eu NÃO estou apaixonada
por ele 3 – Ele foi procurar minha amiga, para dizer que estava apaixonado por
mim? 4 – Eu não acredito no que ela disse. “ E Bianca, antes que você fale
qualquer coisa ousa o que ele me contou...” antes que ela terminasse sua fala sinto
uma mão puxando meu ombro. Anastácia já estava com meu celular em mão quando
finalmente a reconheço.
- Onde está? – ela fala com um tom de rude.
Mesmo querendo saber do que ela está falando, tomo meu celular de suas
mãos e volto a caminhar, tentando lembrar o numero de Carol, mas minha cabeça
não tinha ajudado muito.
- BIANCA – Anastácia me puxa pelo braço com tanta violência que me faz
dar um salto. Ela estava cravando as unhas em meus braços e sentia o sangue
começar a escorrer.
- Do que que tu ta falando Anastácia? – Falo arrancando meu braço de
suas unhas e escondendo o machucado com minha mão. Estava olhando tão
profundamente em seus olhos que quase podia
ver o veneno encrustado em seu cranio.
- Do Leonardo idiota quero o numero dele – Ááá... então a piranha estava
realmente de olho no Leo. Mesmo não tendo seu telefone resolvi tirar proveito
da situação. Do dia para a noite passei de vaco a uma aluna conhecida lá na
escola, tá, okay, nem tanto, mas as pessoas da minha sala começaram a me notar.
Talvez por estar falando com Leo. Dou um sorrisinho cínico, tentando a imitar e
respondo calmamente.
- Pena que eu não sou a fala de Cinderela para realizar seus desejos –
Viro-me e começo a andar. Mas Anastácia insistia em não me deixar em paz.
Quantos anos ela tinha? Quinze? Dezesseis? Bom... não sei... só sei que queria ir
para casa, deitar na minha cama, e pensar em como minha vida era inútil sem a
dança.
- Olha aqui o Bianca, eu não me importo se você é ou não de contos de
fadas, só sei, que eu quero o telefone do Leo. E eu quero AGORA. – Dou a maior
(e mais falsa) gargalhada que já dei em toda minha vida.
- Por que você não pede para ele? – Tento manter a calma, mesmo aquela
vozinha na minha cabeça gritando sem parar “acaba com essa garota, acaba com
essa garota, acaba com essa garota”.
Anastácia dá um sorriso como se tivesse contado uma boa história e dá de
costas. “Babaca” penso em um tom ridiculamente estranho. Até agora, aquele dia
já tinha sido insuportavelmente irritante. Mas eu não fazia a minima ideia do
que iria acontecer.
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