Caraca!! já estamos no terceiro capitulo. Boom gente... esse capitulo é o que vai decidir, se vocês querem que eu continue com a historia ou querem parar e colocar outras coisas em seu lugar. Mas mesmo assim espero que gostem, deixem seus +1 que ajudam em nossa divulgação. Compartilhe em suas redes sociais para me motivar a continuar escrevendo e para simplesmente o blog conseguir crescer. Me siga no instagram @lala_milena e no snapchat @lau_milena. E caso você não tenha visto o começo da historia é só você clicar AQUI! Tenham um bom resto de dia e e uma boa leitura. :)
Cap. 3
Apos sairmos Leo me chama para ir tomar sorvete. Nego dizendo que não
tinha dinheiro, mas ele insiste em me chamar dizendo que podia pagar. Eu
realmente queria tomar sorvete com Leo. Mas não podia, não podia me envolver
com Leo, amanha ele iria me esquecer e se misturar com os meninos do terceiro.
Não podia nem sequer babar por ele. Podia deixa-lo ficar com Anastácia, ops,
não. Podia faze-lo ficar com Carol... Não. Ela iria me trocar por seu novo
namorado. Ou Sabrina, é, Sabrina. Uma escolha perfeita. Ela era atleta bonita e
inteligente. Ponto. Era com ela.
- Bia vamos, por favor, eu quero te conhecer mais – fala ele segurando
minha mão como se fosse escapar ou sair correndo de perto dele gritando
“SOCORRO TEM UM MANIACO ATRÁS DE MIM”. Respiro fundo olhando para ele com um ar
de indecisão e aceito sua proposta. Ficamos na sorveteria durante três horas.
Nem via o tempo passar. Mas com certeza , foram as melhores três horas da minha
vida tirando um “pequeno” fato que só de me lembrar me dava raiva. Começaram
meio irritante com e perguntando ao Leo qual era a dele freneticamente. Mas me
acalmo pós ele me explicar tudo sobre sua “tática”.
- É o seguinte. Se eu apenas chegasse com você do meu lado sem ter te
abraçado sua professora suspeitaria que estamos namorando escondido, e da quele jeito seria mais convincente dizer que somos apenas amigos.
- Amigos. Há ela vai achar que somos muito amigos.
-Ué, amigos se abraçam. – fala ele em tom brincalhão. Caio na dele
começo a rir,e dai se Madame Marg pensar que estamos namorando? Ela sabe
diferenciar amizade de um namoro serio. Não sabe?
Estamos sentados nas mesas mais dos fundos, onde quase ninguém vem.
- Então... Bianca. Fale-me sobre você. – Ele puxa a cadeia mais para o
lado ficando bem perto de mim.
- Eu não sei... O que você quer saber. Não sei falar sobre mim – E
realmente não sabia. O que falaria? Que sou bailarina? Ele iria falar “JURA?” e
eu ia me sentir uma idiota. – Comece você!
- Okay então... – Ele pensa sobre durante um tempo e continuou – Bom, eu
amo animais principalmente cachorros, tenho uma Dálmata de oito anos lá em
casa, também amo porquinhos da índia mesmo não tendo nenhum. Eu acho que passei
setenta porcento de minha vida na água, então você pode me considerar um
peixe. Meus pais são divorciados e eu morro com minha mãe em um apartamento não
muito longe daqui. Alem de nadador eu jogo basquete mas prefiro a água a
qualquer custo. Um dia eu vou te levar em uma aula de natação e fazer você
imitar meus movimentos, depois que o professor chegar eu vou te deixar na sauna
pensando no que fez por você ter se esquecido de ir embora. – Quando ele acaba
já estou sem ar de tanto rir. Seria ótimo ir a uma aula de natação com ele. Mas
acho que não me esqueceria de ir em bora.
- ta bem... – Respiro fundo e começo – Eu também amo animais, meu animal
preferido é a girafa e cachorros são as minhas companhias quando estou em casa.
Tenho um bacetzinho marrom de quatro anos lá em casa que é um amorzinho, mesmo
meu pai querendo matar ele por latir dentro de casa. Sou Filha unica de pais
casados “moro numa casa não muito longe daqui” – falo fazendo aspas com os
dedos – e eu acho que se eu parar de dançar... – um pequeno silencio me atinge
e uma pequena dor no coração de pensar em parar de dançar me pega de surpresa –
Eu... morro. – vendo que fiquei para baixo com o que falei Leo me tira do
transe e fala:
- Então tomara que você nunca pare de dançar. – Ele fala com um sorriso contagiante que me faz sorrir também.
- Então tomara que você nunca pare de dançar. – Ele fala com um sorriso contagiante que me faz sorrir também.
Mas pensar na possibilidade de parar de dançar era assustador... Era
como ter ar e não poder respirar era como estar com sede e não ter água. Era simplesmente horrível. Vendo meu silencio
ele começa a falar.
- De que você quer sorvete? – Ele fala se levantando da cadeira.
- Leo pode deixar eu não quero sorvete – Falo mesmo com uma pontada de
vontade, mas não queria gastar seu dinheiro, não podia nem me envolver com ele.
Eu nem o conhecia direito, mas parecia que ele agia como se me conhecesse a
anos.
- Bia, eu sei que você quer, por favor, por mim! – Ele fala segurando
minha mão e me forçando a levantar. Um pouco de insistência minha vamos pegar
nossos sorvetes.
Pego um copo pequeno e escolho apenas um sabor, Leo pega um pote médio e
pega dois, Flocos e maracujá, depois de pesar voltamos para nossa mesa, mas
quando nos sentamos Anastácia aparece na porta da sorveteria sozinha.
- Ei Bia, aquela menina não estava lá no estúdio? – Levanto meus olhos e Anastácia sorri para mim como se fossemos melhores amigas, ela pega um sorvete e
vem a nossa mesa. Reso para que ela não se sente e que só estava aqui de passagem.
- Olá amores – Anastácia e eu nunca fomos amigas nem menos que isso, se houvesse algo abaixo de “amigas” com certeza isso que seria nossa “amizade”. –
Posso me sentar aqui? – Ela diz puxando a cadeira e se sentando sem ouvir a
resposta.
- Não – Digo em um tom tão baixo que nem eu mesma consigo ouvi-lo – Você
não devia estar no estúdio Anastácia?
- É. Mas eu falei com a professora e ela me deixou sair também, então
vim tomar sorvete e encontrei vocês aqui – Ela fala cada vez mais e minha
vontade de continuar naquele lugar apenas diminuía, ela podia ficar naquela
mesa, mas não comigo na mesma.
- Então... – Leo começo enquanto puxava a cadeira mais para o meu lado.
Qual era a dele? Mas apenas relevei, ele puxava o celular do bolso e digitava
alguma coisa em sua tela. “Você não gosta dela né?” Estava escrito na tela do
celular de Leo que ele havia me passado discretamente. “ Não, gostar é uma palavra fraca em comparação ao que sinto por essa
guria” reescrevi e devolvi o celular para Leo que sorriu ao ver minha resposta.
“Que bom, também não fui com a cara dela” ele devolveu o celular novamente em
quanto Anastácia falava sem parar sobre “como foi legal quando seu papai
comprou mais uma empresa”
- Ele é muito rico sabia? Agora que ele comprou mais uma empresa vamos
poder comprar nossa casa de praia, lá nos Estados Unidos, vocês sabem quanto
custam uma casa de praia? Muito caro, meu pai ele pode comprar quantas casas
ele quiser sabia? – A raiva foi subindo em meu corpo como se fosse alguma coisa
quente, começou em meu estomago e ia subindo até minha garganta. Vi meus punhos
se fecharem e percebi que Leo tambem avia reparado pois ele tinha pegado minha
mão. Mas agora era diferente, ele cruzou seus dedos nos meus me forçando a
abrir a mão, ele fazia massagem com seu polegar fazendo aquela raiva diminuir.
– Sabe, meu pai ele é dono de muitas multinacionais, inclusive ele é diretor
daquele... Não me lembro o nome, mas fica lá na frança, ele sabe...
- Anastácia! – A interrompo fechando os olhos para me acalmar. – Por
que... Você está falando disso? Ninguém ta interessado no que você ta falando.
Alias, POR QUE, você está aqui?
- É assim que você trata suas amigas de muito tempo Bianca? – Anastácia falava com uma cara de sucesso, então percebi o que ela queria fazer, ela
queria que eu explodisse na frente de Leo para ela ter a oportunidade de se
esnobar na minha frente.
- NOS, não somos amigas, não posso te considerar nem inimiga, você podia
parar de falar por favor? – Só percebi que estava apertando a mão de Leo quando
senti meus dedos doerem, minha outra mão estava sangrando por ter apertado
demais as unhas em minha palma. Leo deve ter percebido. Ele se levantou e
falou:
- Bia, vamos? – Me puxando lentamente com a mão que ainda estava
agarrada na minha, mas eu já estava levantada. E apontando minha mão sangrando
pra Anastácia.
- Anastácia, por que você não se muda pra quela casa de praia e some da
minha vida? – Eu não sei o por que de eu estar tão brava ou tão irritada,
talvez tenha sido por eu ter aguentado essa conversa durante 8 anos, todos os
anos que estudei com Anastácia eram as mesmas coisas. Ela se gabando de sua
vida e falando o quanto podia. Via que Leo estava quase me agarrando e me
tirando de lá a força.
- Isso tudo é ciumes por que meu pai pode e o seu não, Bianca? – A raiva
estourou em mim e de alguma forma me soltei de Leo e fui direto para Anastácia que estava levantada ao lado da cadeira, não ligava se avia pessoas olhando, Anastácia nunca mais iria falar comigo. Porem Leo foi mais rápido e me segurou
pelos braços me forçando a dar meia volta.
- Depois nós nos vemos Anastácia – Diz leo que havia me abraçado com um
braço de uma maneira que não podia me mexer, minha mão ardia e pingava sangue freneticamente.
Ao sairmos Leo me leva a esquina da sorveteria me solta e começa rir,
rir não, GARGALHAR, me sentei no chão e pus minha mão boa no rosto. Respirando
fundo para não voltar lá e acabar com a cara de Anastácia.
Olho para minha mão machucada que estava branca e consigo ver o contorno
das unhas em minha palma, tinha esparadrapo em minha... Minha mochila! Ótimo,
havia esquecido de minha mochila na cadeira ao lado de onde estávamos sentados.
Ao parar de rir Leo olha para mim e se senta ao meu lado.
- “O que foi aquilo?” – Leo fala me imitando fazendo aspas com os dedos.
- Eu ODEIO aquela menina. Dês de que comecei o ballet ela me
infernizava, achando que era melhor que todas no estúdio, sempre puxando saco
da professora e conseguindo os melhores papeis. – Leo pega minha mão machucada
e examina com cuidado – Tem esparadrapo e algodão na minha mochila. Eu tenho que
voltar lá e pega-la antes que Anastácia a jogue num rio.
- Eu vou lá, também preciso pagar a conta – Leo diz rindo – Antes que você jogue Anastácia num rio. – Leo caminha
em direção a sorveteria e olho as horas em meu celular que estava em meu bolso,
três em ponto. Precisava voltar para casa. Leo volta antes que me dou conta
segurando minha mochila em uma mão e em outra um saquinho de gelo. – Trouce
isso para você ele me entrega o saquinho de gelo – Coloque em sua mão. Vai
ajudar a estancar o sangramento.
- Obrigado Leo, se não fosse você eu acho que Anastácia e eu ficaríamos um pouco roxas. – Digo fazendo uma cara feia ao sentir o gelo e a água entrar
em minha pele – Quer dizer... – Digo rindo e mostrando minha mão machucada para
Leo, que sorri também.
Leo para e fica me encarando, em quanto ri.
- O que foi? – Pergunto com uma cara de duvida.
- Você! – Ele ri mais ainda – Ai meu Pai, você é a garota mais divertida
com quem já sai.
Não me achava divertida, não me
achava nem engraçada. Mas como Leo achava, não seria eu quem falaria o
contrario. Não sabia o que falar, então fiquei apenas o encarando. Seus
profundos olhos azuis e seus ombros largos mexiam com uma parte de mim que
nunca havia experimentado. Ele se senta ao meu lado e olha o movimento quase
deserto da rua.
- Quer ir a algum lugar? – Ele pergunta colocando minha mochila de lado.
- Minha casa seria o melhor lugar agora – Digo me levantando.
- Okay, você mora muito longe daqui?
- Não muito, mais ou menos umas treze quadras. Dá para ir andando. –
Pego minha mochila (com minha mão boa) que esta ao seu lado, mas ele me segura
pela mao quando estava levantando. Ele me faz olhar em seus olhos e subitamente me ajoelho ao seu lado – O que foi?
- Isso – Ele fala e puxa meu rosto para o encontro do seu.
Minha mãe entra no quarto e levo um susto tão grande que me faz gritar.
- Credo Bia. Para que isso? Calma, sou só eu. E... Ó MEU DEUS, que é
isso em sua mão Bianca? – Fala minha mãe pegando minha mão rápido e olhando o
roxo avermelhado na palma de minha mão. Ardia minha mãe passar os dedos pelos
cortes, mas não ligava muito. – Okay, depois você me explica, preciso conversar
com você. – Gelo, será que ela havia descoberto que tinha saído da aula, e com
um menino?
- O que ouve mãe? – Falo me sentando.
- Bia... – Ela se senta ao meu lado. – eu fui demitida, você não pode
mais fazer ballet. – Fico paralisada, engasgo e sinto como se tivesse engolido uma bola de basquete. Sinto meus ombros pesados e as lagrimas se formam em meus
olhos, cerro os punhos fazendo os cortes de minha mão voltarem a se abrir,
levanto da cama e olho para ela, estava tremendo e eu sentia que meu rosto estava
branco.
- Você está brincando não é? Mãe... – Ela me interrompe.
- Bia desculpa, mas eu preciso economizar e seu pai é responsável por
pagar as contas da casa e ainda temos o aluguel da casa então... não temos
saida, precisamos economizar. E você já estava na hora de para com aquela
infantilidade não é minha filha? – Ela diz com os olhos brilhando de lagrimas.
- Mãe... Me deixa sozinha okay? –
Falo já entre lagrimas que saiam com tanta rapidez que não conseguia
controla-las. Minha mãe sai do quarto e tranco a porta me isolando do mundo,
tentando freneticamente ver alguma saída.
Isso doía. Muito. Como arrancar seu coração bem devagar e depois jogar álcool na ferida. Era simplesmente horrível.
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